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Dezenas de simpatizantes do principal grupo de oposição xiita do Iraque invadiram nesta sexta, dia 11, a Embaixada iraquiana em Teerã, capital do Irã. Fotos de Saddam Hussein foram rasgadas, vidros e móveis quebrados e a política internacional dos Estados Unidos foi combatida com gritos de ''morte à América''. A manifestação ocorreu enquanto o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pedia aos soldados norte-americanos que saíssem do Iraque, dada a queda do ditador do Iraque:
– Vocês derrubaram Saddam. Agora, partam.
A ocupação foi encerrada depois de três horas, com as prisões de 50 pessoas. Nenhum diplomata iraquiano estava no local. As forças de segurança iraniana confiscaram filmes e fitas de vídeo de fotógrafos e canais de TV presentes no local.
Depois de terem arrancado e queimado fotos de Saddam, os manifestantes levaram para dentro da embaixada imagens do aiatolá Mohammad Bakir Hakim, líder do Conselho Supremo para a Revolução no Iraque, uma entidade com base no Irã. Hakim vive exilado em território iraniano desde 1979.
Há cerca de 200 mil iraquianos morando no Irã. A maioria deles é de muçulmanos xiitas que fugiram do país depois do fracasso do levante xiita realizado em 1991 contra Saddam.
Classificando a campanha militar liderada pelos EUA e a presença de soldados norte-americanos no Iraque como um "ataque contra o Islã e os muçulmanos'', Khamenei disse que o Irã estava feliz com a deposição de Saddam. Dividido entre seu ódio pelo ex-dirigente iraquiano, cujas forças usaram armas químicas contra os iranianos durante a guerra Irã-Iraque (1980-1988), e sua animosidade em relação aos EUA, o Irã adotou uma postura neutra quanto à guerra.
– Não quisemos ajudar nenhum dos dois lados, mas estamos felizes com a queda de Saddam, como o está o povo iraquiano – declarou Khamenei.
As informações são da agência Reuters.
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